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Exposição

 

Mercúrio Metálico

O mercúrio metálico é muito pouco absorvido a nível gastrointestinal. A presença de alterações gastrointestinais podem levar a uma melhor absorção.

 

Quando este está no estado gasoso, já consegue facilmente entrar na corrente sanguínea através dos pulmões e de seguida atingir diferentes órgãos do nosso corpo. Uma vez no nosso corpo, o mercúrio metálico consegue aí permanecer durante semanas ou até mesmo meses. Por exemplo, no cérebro ocorre conversão deste numa forma inorgânica que aí permanece durante longos períodos de tempo.  A forma metálica também é capaz de penetrar a placenta e afetar o feto. A maioria do mercúrio metálico que é absorvido é eliminado nas fezes e urina.

 

Um dos principais perigos trata-se do facto do mercúrio não possuir odor, impedindo assim a sua detecção aquando da inalação. O facto deste ser mais denso que o ar faz com que se possa acumular em zonas baixas e pouco ventiladas. O mercúrio elementar é fracamente absorvido por contacto com a pele e olhos, podendo causar irritação e dermatite de contacto.

 

É de realçar que crianças expostas às mesmas doses de mercúrio que adultos podem ser mais afetadas, por possuírem uma maior área de absorção pulmonar e também devido à sua baixa estatura. Assim, quando ocorre ingestão de mercúrio, por exemplo, por acidente com um termómetro, praticamente nenhuma dose será absorvida. O mesmo acontece se for absorvida uma maior quantidade, por exemplo, meia colher de chá.

 

Mercúrio Inorgânico

 

As formas inorgânicas de mercúrio não conseguem ser absorvidas por inalação tão facilmente como a forma metálica. Esta forma não é capaz de passar ao estado gasoso a temperatura ambiente tão facilmente como a forma metálica. Este também é fracamente absorvido no trato gastrointestinal ou por penetração cutânea.

 

Após atingir a corrente sanguínea, este pode atingir diversos tecidos e órgãos. No entanto, ao contrário da forma metálica, este não tem tanta capacidade de ultrapassar a barreia hematoencefálica e a placenta. A sua eliminação é feita também pela urina e fezes, mas de forma reduzida, o que associado a uma exposição prolongada pode conduzir a acumulação de iões. Para além disso, parte do mercúrio inorgânico pode ser convertido em mercúrio metálico que é expelido no ar expirado.  

 

Mercúrio Orgânico

 

O metilmercúrio é a forma mais facilmente absorvida pelo trato gastrointestinal (cerca de 95%). É fracamente absorvido pela pele, mas outras formas orgânicas têm uma capacidade aumentada de penetração cutânea. Este também pode ser absorvido por inalação de vapores. Tem alta capacidade de penetração da barreira hematoencefálica e da placenta. Tal como o mercúrio metálico, esta forma também pode ser convertida numa forma inorgânica.

 

Ocorre uma acumulação de metilmercúrio no cabelo muito superior à concentração sanguínea, o que permite que este seja um bom biomarcador de exposição.

 

A sua eliminação é feita maioritariamente pelas fezes.

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Mercúrio

Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando  Remião do Laboratório de Toxicologia da FFUP

 

http://remiao.wix.com/toxicologia

remiao@ff.up.pt - Prof. Fernando Remião

Os autores deste trabalho, Ana Catarina Gomes (nº 090601053), Ana Isabel Gomes (nº 090601059) e Juliana Ribeiro (nº090601145),  estudantes do MICF da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto,  declaram  ter atuado com absoluta integridade na elaboração desta monografia. Nesse sentido,  confirmamos  que NÃO  incorremos  em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou partes dele). Mais  declaramos  que todas as frases que retiramos  de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores foram referenciadas ou redigidas com novas palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica.

 

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 28 de Maio de 2014

 

Trabalho  realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano letivo 2013/2014 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) - Portugal.

 

 

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